terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A riqueza explorada de Potosí

Dia 14 de janeiro

Muito cedo, depois de quase 11h de sono, me levantei. Queria tomar um banho, registrar a saída do hostel e ir até as minas do Cerro Rico de Potosí. Estava ansioso para ter contato com o que descreveu Galeano, acerca da exploracao espanhola, em seu "Veias Abertas da América Latina".
Também, depois de pensar um pouco na quantidade de dias que tinha até o meu retorno para o Brasil, estava decido que voltaria a noite para Villazón e, daí, para o norte da Argentina, sob pena de nao conseguir chegar até Assuncao. Imergir-me na realidade de Assuncao me permitiria formar uma idéia mais nítida acerca do Paraguai, haja vista, daquele país, conhecer apenas Ciudad del Este, por ter vivido um ano em Foz do Iguacu e vivido os problemas de violacao de direitos humanos de criancas e adolescentes na fronteira.
Essa seria uma forma de compreender efetivamente o grau de destruicao que nós brasileiros produzimos na história e na vida do povo paraguaio, durante e depois da Guerra do Paraguai.
Com estes pensamentos, me dirigi para a agencia Cerro de Plata, lugar em que reencontrei Marcelo. Conversamos um pouco e lhe pedi que me indicasse um lugar para tomar o café-da-manha. Sem qualquer vacilacao, ele me acompanhou a até o mercado central de Potosí.
Quando cheguei ao local, tentei esquecer o modo como se fazia a comida e as condicoes de higiene. Revivendo o contato que tenho no Brasil com pessoas em situacoes de vulnerabilidade social, esqueci todos os meus julgamentos e apenas comi. Saboriei tanto quanto quando, no meu trabalho de defesa de direitos humanos, sou convidado a comer com as pessoas as quais defendo.
Sem remorco ou preocupacao por haver comido no mercado de Potosí, terminada a refeicao, voltei a agencia e conversei com Evelyn. Queria saber mais sobre a ida as minas e sobre a possibilidade de obter uma passagem para Villazón.
Enquanto conversávamos, chegaram outras pessoas que também iriam para as minas, cuja entrada só é permitida com guias habilitados e conhecedores dos caminhos internos.
Entre as dezenas de argentinos que estavam no onibus, estavam Nora e Guillermo. Foi uma grata surpresa nos reencontrarmos mais uma vez. E, foi uma felicidade recíproca, saber que nossas buscas em relacao a Potosí se assemelhavam. Estavam plenas da consciencia e da necessidade de conhecer melhor a história da América Latina.
Era uma pena que nem todos os que nos acompanhavam
tinham consciencia do que estavam por ver. Alguns tinham o propósito de fazer turismo. Por isso, brincavam.
Eu estava ansioso, ao mesmo tempo, curioso e politicamente enraivecido, em tomar contato com a injustica colonial em nossas terras latinoamericanas.

Esta ansiedade foi aumentando quando cheguei ao pé do Cerro Rico, com a histórias reveladas por Aleida, a nossa guia.
Um dos mitos que tratou de rebater foi o de que os indígenas sempre colaboraram com os espanhóis para a exploracao do Cerro, retratado num quadro afixado no Museu Casa da Moeda.
Segundo os dados e as comparacoes históricas que fez diante de nós, a ajuda indígena nao passava de uma inverdade. Jamais Diego Hualpa (acho que é assim) informou voluntariamente aos espanhóis onde estavam as minas de prata. Foi obrigado a fazer isso depois que os espanhóis, ante a estagnacao das minas que explorava a 15km de Potosí, perceberam o uso de adornos de prata por parte dos indígenas como uma indicacao da existencia de outro lugar de exploracao de prata muito perto.

Além disso, jamais os indígenas poderiam colaborar com os espanhóis para a a exploracao de novas minas de prata se o seu principal meio de exploracao se daria através do uso escravista de seu trabalho.
Nao é por acaso, também, que este trabalho, bem como a própria mina eram cercados de mitos e vigiados pelo olhar atento de um "Tio" (forma Quechua de dizer Dios, já que na sua língua nao existe a letra e o som de "d"), inicialmente, identificado com o diabo. Ademais de impedir que o trabalho fosse interrompido, o demonio garantiria que a riqueza daquele cerro nao seria desviada pelos índios, já insitados a crer que tudo o que se extraía era de propriedade de outros que viriam de muito longe para explorar.

Com o tempo, o diabo passou a ser uma figura que ao mesmo tempo protegia os indíos das catástrofes dentro do Cerro e que fecunda a Pacha Mama para que a riqueza continuasse existindo.
Outra informacao interessante é a que impede o trabalho das mulheres dentro do Cerro. Segundo Aleida, como o Cerro é uma mulher, a Pacha Mama, a presenca de outras mulheres trabalhando, poderia colocar ciumenta a terra e provocar acidentes. Por isso, as mulheres sempre coube o trabalho externo ao cerro, de catar os restos de metais. O que no passado era uma forma de nao desperdicar as riquezas, atualmente, é um meio de coloborar com a sobrevivencia da família.
Passadas as histórias, Aleida nos deu um curso rápido sobre a exploracao e os materias usados na mina. Ao mesmo tempo, nos incentivou a fazer uso da folha de coca para suportar a falta de ar e a pressao dentro do Cerro que está há 4.262m de altitude.
No início, tive um pouco de resistencia. Mas, ao perceber que se tratava de um costume local despretensioso, ou seja, que nada tinha a ver com o uso de "drogas" ou qualquer forma de alucionógeno, ademais de comecar a sofrer os efeitos da montanha, me desprendi de meus preconceitos e coloquei algumas folhas de coca no canto da boca, juntamente com uma pedrinha de cinzas vegetais, sal e banana, para facilitar a liberacao do sumo.
Rapidamente, percebi que a única coisa que provoca é passar a dor de cabeca e relaxar a corrente sanguínea para que nao necessite tanto de oxigenio. No mais, só uma dormencia no local onde está colocada, juntamente com a coloracao dos lábios e dos dentes.

Durante todo o percurso em que víamos homens e criancas trabalhando, Aleida ía nos informando sobre a história, sobre mais lendas, sobre os problemas de saúde, sobre a injustica das exploracao do trabalho daquelas pessoas.
Eu, particularmente, me indignei com o fato de ver criancas que passam dias e noites sem sair a luz, somente mascando coca e recebendo os presentes que trazem os visitantes das minas.
Por horas, ficamos eu e um grupo de argentinos dialogando com a Aleida sobre a necessidade controle estatal daquela situacao, sobre a necessidade de políticas públicas de combate ao trabalho infantil penoso nas minas. Quando Aleida nos respondeu que concordava com a gente, mas que estávamos em um país pobre, pleno de complexidades, quase sempre relacionadas a quantidade de etnias e a difícil possibilidade de diálogo entre os diferentes povos indígenas e entre estes e as elites que sempre dominaram o país, tive que concordar. Afinal, nao é fácil mudar o que tao complexamente está posto, como as barreiras étnicas, exacerbadas pelas elites dominantes como forma de impedir o poder indígena.
No entanto, há que se fazer uma ressalva. Devo dizer que concordo que seja difícil mudar a realidade de anos de exclusao e de exploracao indígena, principalmente porque, muito similiar ao que diz Fanon (Los Condenados de la Tierra), as tradicoes, as autoridades religiosas e tribais, bem como as diputas intetribais, sempre foram, em tempor de colonizacao e depois dela, de algum modo, usadas pelas elites para obterem vantagens e impor a permanencia de suas condicoes de poder. Mas, essa mudanca precisa acontecer. É preciso tirar dos ricos para dar aos pobres, sobretudo, porque tudo o que conquistaram foi saqueando e explorando a mao-de-obra e a ingenuidade dos indígenas.
Esse pensamento que me acompanhou durante todo o percurso na mina só foi interrompido por alguns minutos, pela minha fobia de latura, quando tive que passar na beira de um fosso e depois de subir uma escada, precisar me agarrar pelas paredes para transpor um precipício dentro da montanha oca de Potosí.
Ao final, na saída da mina pelo outro lado, depois de quase duas horas de caminhada interna, toda a indignacao de ver homens e criancas trabalhando naquele local de contaminacao se reanudou. E, mais ainda, quando vi um monte de criancas que ainda nao tinham "idade" para trabalhar na mina, do lado de fora, com as maos cheias do pó contaminante dos metais, vendendo pedras.
Retomei o assunto com Aleida. Queria que ela, tao crítica, me expusesse as mazelas de seu país e, também, pensasse sobre solucoes possíveis para aqueles problemas.
Na conversa, percebi que Aleida é uma pessoa sensível e preocupada com o seu povo. Mas, ao mesmo tempo, ve-se atada pelas condicoes históricas de afastamento inter-tribal e mesmo pelo uso de algumas tribos, feito por grupos da elite nao-indígena boliviana.
Voltamos para o onibus e mais pessoas puderam intereferir no nosso diálogo, que se ampliou. Neste momento, mais pessoas trouxeram a tona suas preocupacoes com a América Latina, bem como os motivos que os levaram até as minas de Potosí. Neste momento, conheci Dana, Florencia, Javier e Matias, além de compreender melhor as idéias de Nora e Guillermo.
Enquanto a conversa transcorria, ia percebendo a fisionomia, os gestos, as reacoes dos demais que íam no pequeno onibus. Quando toquei no assunto de que temos uma conjuntura que facilita o diálogo entre os países da América Latina e que tínhamos que esquecer um pouco o futebol para dialogar como irmaos de um processo de exploracao, percebi que algumas fisionomias mudaram.
Alguns riram quando falei da situacao que passei em Córdoba, durante esta viagem, motivada pelo fanatismo futebolístico dos donos do Hostel Córdoba Backpackers e que o futebol nao podia ser transformado numa mercadoria, plena de marketing para nos afastar. Se algo nos afastava, dizia, isso é que tem que ser afastado do nosso diálogo.
O mais imnportante é poder compreender nossa história e promover lutas conjuntas. Se na América Latina, nao logramos debater a igualdade e a justica social, precisamos empenhar esforcos para que, nao apenas o debate, mas as condicoes de igualdade e justica social se ponham. Nao pode ser "normal" matar por futebol e deixar morrer por falta de coragem de lutar por justica social e igualdade.
Quando disse isso, já percebia que todos abandonavam seus risos iniciais e assimilavam o sentido do que queria dizer. Perceberam que é preciso reponsabilizar-se por este mundo para mudá-lo.
Foi com estas idéias que retornamos para a sede da agencia, no pé do cerro rico para tirarmos as roupas que tínhamos posto para entrar nas minas e ficamos enquanto esperávamos a conducao de volta ao centro da cidade. A diferenca é que, agora, havia mais pessoas interagindo, debatendo América Latina, colonizacao, condicoes internas de cada país, aliadas as deixas pela colonizacao para fazer de nossos países o que temos hoje.
Trocamos e-mail, tiramos fotos juntos... havia um grupo que estava muito muito feliz de se encontrar, de saber que cada um promeve sua luta em seu país, para mudar o que foi e o que é Potosí em cada um de nós.
Quando chegamos ao centro da cidade, cada um tinha que se separar, mas tinha a beleza daquele encontro registrada. As despedidas eram calorosas e a vontade de seguir adiante estava mais avivada.
Javier, processor de psicologia, ator, mágico, funcionário do ministério da economia argentino, parecia querer continuar a conversa e me chamou para almocar com ele e seus amigos. Ele se dizia povoado daquele diálogo e da necessidade de conhecer melhor outras lutas em outras partes do mundo. Queria conhecer um pouco dos sem-terra e do debate sobre direitos humanos que se faz no Brasil.
Fomos diretamente para a praca central de Potosí e, durante 30min. esperamos os seus amigos, ambos chamados Sebatián.
Quando os Sebastián chegaram, já tinham comido e nao queriam nos acompanhar para o almoco.
Fomos apenas eu e Javier comer em um lugar bem próximo da praca.
Depois do almoco, voltamos a encontrar com os Sebastián e caminhamos pelo centro da cidade de Potosí. No caminho, pelo calcadao, uma nova coincidencia. Encontro Mauro, o psiquiatra que tinha me ajudado em Tilcara.
Conversamos por um tempo, nos despedimos e segui com os Sebastián e Javier nosso percurso pelo centro.
Perto de 18h30min. me despedi deles e voltei para a agencia. Deveria pegar minha mochila e ir para a rodoviária, de modo que pudesse iniciar a viagem de volta a Villazón e, se tudo desse certo, para Assuncao.
Quando cheguei na agencia, estava Evelyn. Por muito tempo conversamos sobre as agústias que tive ao sentir e ao presenciar o trabalho nas minas de Potosí.
Evelyn era irma de Helen e de Marcelo e igualmente crítica quanto as condicoes políticas de seu país. Ao mesmo tempo, quando falava da minha dor em ter que deixar a Bolívia naquele dia, se mostrava sensível e queria compreender os motivos de minha viagem a Potosí e estas partes da América Latina.
Foi o assunto sobre o qual nos debrucarmos até que chegasse a hora de ir para a rodoviária. Na saída, mais uma vez encontrei Aleida e Helen. Aleida, ainda inebriada com a conversa que havíamos tido na parte da manha, me pedia para que seguisse em contato com ela e que lhe indicasse os livros de que falava. Tudo isso, sem perder de vista os onibus que passavam e parar aquele que deveria me deixar no terminal de onibus.
Com o onibus diante de mim, numa rua estreita, transito parado, dei um forte abraco em Aleida e segui. Tinha uma noite dura de viagem pela frente. A estrada nao era asfaltada e nao sabia as condicoes do onibus em que iria viajar.
Quando cheguei na rodoviária, reencontro um monte de gente que integravam o mesmo grupo que eu na ida para as minas na parte da manha. Ficamos conversando, brincando... um deles, que parecia muito distante enquanto conversávamos de política, fez questao, na hora que viu, de me cumprimentar calorosamente e de me mostrar o livro que estava lendo. Era algo de exoterismo, ligado a princípios de vida e a combinacoes enérgeticas... nao sei bem se, com isso, ele queria dizer a importancia daqueles momentos para ele e combinar com o que estava lendo... ou simplesmente queria compartilhar algo comigo.
Em seguida, ele me mostrou seus amigos, que estavam jogando baralho (um jogo que se chama escova 15). Enquanto os meninos tentavam me ensinar este jogo, chegam Dana e Matias e retomam a nossa conversa manha e se dizem felizes com aquele dia.
Enquanto nos cumprimentávamos e agradecíamos o dia que haváimos construído juntos, chegaram os onibus que nos levariam, a mim, para Villazón, e todos os demais, para La Paz.
Ao ver o onibus que me levaria de volta a fronteira com a Argentina, sonhei com uma noite de sono. Pois, depois de um dia tao intenso, era aquilo de que mais precisava. Mas, esta paz seria algo que nao teria durante toda a noite.
O lugar em que fiquei, estava sem sentido, posto diante de uma porta.
Todos que precisavam passar, me empurravam, batiam a porta em mim... depois de tentar tentar e nao consegui, passei a noite pensando até chegar a Villazón.
Na manha de terca-feira, já na fronteira, o único que vinha a minha cabeca era encontrar um lugar para escrever.
Estava intenso, estava cheio das idéias do dia anterior. Nao queria perder nada.
Mas, tudo estava fechado. Era preciso passar para o lado argentino. E, nao apenas porque queria escrever. Mas, porque devia procurar uma forma de chegar a Assuncao.
Depois de enfrentar a aduana, a revisao de bagagem, mais facilitada para mochileiros, é verdade, cheguei ao outro lado.
Tentei fazer combinacoes... pensar alternativas... nada me levava a Assuncao.
De repente, me veio a cabeca a fala de Javier acerca de deixar Assuncao para uma próxima viagem, pegar um onibus para Buenos Aires e, daí, para Montevidéo, Uruguai.
Foi o que fiz. Comprei a passagem para Buenos Aires e fui procurar um lugar para escrever.
Depois de exatas 4 horas na frente do computador, a menina me disse que fecharia a lan house para o almoco e precisava que eu deixasse o computador.
Eram quase 14h e eu deveria ir para a Rodiviária de La Quiaca para pegar o onibus.
Deixei pela metade as experiencias que estou escrevendo agora e me fui.
Depois de mais quase 2h a espera do onibus, presencio uma grande confusao. As pessoas que vendiam as passagens, valendo-se de que, nas fronteiras, as leis e o direito parecem ser mais frágeis, e ainda de que, na Argentina, a gorjeta é uma prática frequente, nao apenas queriam a gorjeta, como queriam cobrar precos exorbitantes para colocar as malas no onibus.
Um casal que acabara de ser extorquido na fronteira, por agentes da polícia aduaneira argentina, nao tinha mais um peso para pagar e estavam em risco de viajarem sem os seus comprovantes de bagagem.
O menino, com uma calma extrema, explicava a situacao e pedia os comprovantes de bagagem, mas nao conseguia nada com aquilo.
Me senti um pouco atonito com tudo o que via... nao sabia se pagava por ele e liberava os comprovantes, nao sabia se entrava na confusao... até que resolvi chamar sua namorada, que, já estava acomodada dentro do onibus sem que se desse conta do que passava lá fora.
Em algum momento, ainda que se a anuencia dos funcionários da empresa de transporte, o rapaz obteve exito em sua demanda e subiu.
Preocupado com o que havia passado, fui em sua direcao e imprimi uma conversa. Nao demorou muito para que os tres comecassem a interagir.
Rapidamente, descobri que se chamavam Sergio e Susana e que estuidavam, respectivamente, Recursos Humanos e Direito, e trabalhavam em uma Fórum Penal em Buenos Aires, local em que se conheceram.
Foi o mote para comesarmos a conversar sobre direitos humanos, sobre profissoes, sobre vocacoes... queriam saber dos meus trabalhos, da minha vida, da minha viagem... me faziam milhares de perguntas.
Até que fomos parados na Gendarmería (a polícia de fronteira) argentina.
Todos tivemos que descer para que nossas malas fossem revistadas. Eu, mais uma vez, pela condicao de mochileiro e de estrangeiro que nao passa pela fiscalizacao aduaneira quanto a compra de produtos, fui liberado.
Susana e Sergio ficaram. Tiveram que abrir todas as malas, as mochilas... Tudo o que traziam foi revistado.
Bastou passar o transtorno, subimos no onibus e continuamos a nossa conversa sobre temas como as minas de Potosí, a adocao entre pessoas do mesmo sexo, o aborto, a defesa de pessoas de alta periculosidade, ética, direito, justica... Susana, uma estudante de direito como a maioria, mais conservadora, sempre se colocava contra estes temas. De minha parte, o que fazia era tentar ponderar algumas coisas, de modo que pudesse povoá-la de dúvidas.
Se consegui nao sei, mas acho que, pelo menos Sergio, que tinha os olhos brilhando, enquanto escutava minha fala, se acercou mais dos temas e de reflexoes mais críticas. Ele era só perguntas e eu, mais perguntas ainda. Nao queria dar respostas, queria que ele mesmo as encontrasse enchendo sua cabeca de mais dúvidas.
Foram várias horas de conversa até que pegasse no sono.

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