sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Sobre Mónica...

Conheci Mónica quando estava na Espanha, em 2001. Foi a primeira pessoa com quem me deparei na rodoviária em Huelva. Necesitábamos chegar a Universidade Internacional de Andalucía, Sede Iberoamericana de Santa María de la Rábida, mas ninguém sabia explicar onde ficava. Como estava descrito no documento que nos haviam enviado da Universidade, tomamos o onibus para Palos de la Frontera, mas nao sabíamos onde descer. No onibus se juntou a gente um outro perdido. Era o chileno Alberto Haranda. Pedíamos informacoes mas, as pessoas queriam que descessemos na Universidade de Huelva, outra universidade. Sabíamos que nao era aí o nosso destino. Em um momento, uma senhora nos disse que era uma parada adiante. Aí, todos lembraram onde era o que buscávamos. Descemos e ficamos rodando sem encontrar a UIA, que ficava no meio de um bosque. Até que entramos numa casa e um senhor nos indicou o caminho.
Bom, essas eram as lembrancas que tínhamos quando vínhamos da praia ontem…
Dizem que para conhecer alguém ou viaje ou more junto. Talvez, isso seja mais profundo quando alguém se hospeda na casa do outro. Agora, pude conhecer Mónica e comprovar a generosidade que tinha quando nos encontramos na Espanha. Fora isso, seu compromisso com as pessoas, sua necessidade de envolver-se com coisas que valham a pena.
Ontem a tarde quando estávamos na escola técnica, Mónica fotografava no microscópio uma alga tóxica que encontrou em San Martín de los Andes. Segundo ela, é do tipo que matou mais ou menos 40 pessoas que faziam hemodiálise em Caruaru há algum tempo. Ainda nao se coñéese muito bem isso. Só se sabe que, quando se poe cloro na água para a limpeza, elas se rompem e liberam uma toxina. Com o calor, elas se reproduzem mais rápido. E, isso pode se tornar mais forte com as mudancas climáticas.
Por isso, é um anseio de Mónica, pesquisar mais profundamente esta alga. Posivelmente, fará um doutorado com este tema. Parece nao querer se dedicar a algo “puro”, como normalmente fazem os cientistas que se creem neutros. Sabe que a universidade é um espaco onde deve estar a preocupacao com o mundo real.
Com bióloga, sabe dos perigos que o planeta corre (já esteve pesquisando na Antártica por um tempo), mas nao tira o sorriso do rosto. É incrível como se mostra sempre aberta as pessoas. Na rua, pára todo o tempo para falar com as pessoas, todos fazem questao de cumprimentá-la…
É sempre doce e delicada, mesmo quando precisa dizer algo mais forte. É verdadeira!

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