domingo, 23 de dezembro de 2007

Destino Valdivia

Depois de um dia de caminhadas em Bariloche, debaixo de um sol terrível, de frio a noite e no início da manha, acordei bem. Estava um pouco ansioso com a viagem para o Chile. Era a primeira vez que vinha para cá e nao sabia o que iria encontrar nas minhas andancas.
Às 10h30min. cheguei a rodoviária de Bariloche para pegar o ônibus com destino a Valdivia, Chile.
Depois de quase duas horas de espera, comecamos a viagem.
Atrás de mim, ía um brasileiro que tentava falar em espanhol com uma argentina. Tirava fotos de tudo e contava de suas viagens pela América Latina. Por un lado, fiquei muito inclinado a conhecê-lo melhor, a ouvir suas histórias. Por outro, o tipo parecia um pouco cheio de si. Nao sei se porque era um brasileiro na Argentina, conversando com uma mulher... ou se era porque pensava que todo latinoamericano gostaria de ser brasileiros...
Passa que o cara era artesao, um hippie mais atual, que vive por aí vendendo suas coisas. Já morou na Venezuela, na Colômbia, na Bolívia, no Paraguai... disse ele que só nao conhecia 4 estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba e Pernambuco.
Talvez, de algum modo, seja este tipo de pessoa minha inspiracao. Alguém que pode viver viajando o mundo, vivendo de seu próprio trabalho, em cada lugar que se dispoe a ir.
Vim pensando sobre isso inspirado pelos lagos de Bariloche, Villa la Angostura, pela neve na beira da estrada, mesmo neste tempo de verao, pelos lindos bosques argentinos do parque nacional Nahuel Huapi.
Meus pensamentos só se interrompia quando chegávamos nas fronteiras. Por duas vezes, tivemos que descer do ônibus, ser revistados, checar documentos, receber carimbos de saìda (no caso da Argentina) e de entrada (no caso do Chile).
Do meu lado, ía uma alema que nao falava quase nada de espanhol. Mas, sua simpatia compensava qualquer tentativa frustrada de dizer qualquer palavra.
Em alguns momentos, compartilhávamos as belezas que víamos da estrada sem dizer uma só palavra.
Era a neve, os vulcoes... quando já estávamos no Chile, perto de Osorno, vi, ao longem um lindo vulcao, todo coberto com neve. Mostrei a ela, que só fez dizer, ooo, hermoso...
Nossa comunicacao era através do inebriar de nossos olhares.
Em Osorno, depois de 7h de viagem, comecei uma conversa com uma mulher chilena que vive na Argentina há 20 anos. Ela me explicava algumas coisas sobre o Chile, mas nossa conversa nao foi muito adiante. Osorno era seu lugar de parada, juntamente com sua família.
A partir de Osorno também, fui acompanhado só de meus pensamentos. Quando comecei a ver Valdivia, imaginei que era uma cidade que nao valeria a pena. Se Bariloche era puramente turística, Valdivia nao parecia nada turística, ainda que muitas pessoas venham para cá.
Na rodoviária, pedi informacoes sobre hostéis e caminhei até onde me foi indicado. Nada! Como era perto, voltei a Rodoviária com todo peso nas costas e pedi novas informacoes. A moca era muito solícita e me deu o endereco bem detalhado. Com isso, consegui chegar aos Aires Buenos, na calle García Reyes, 550, onde encontrei Laura, uma menina da Holanda com quem conversava até há pouco sobre várias coisas, inclusive as informacoes sobre o Brasil, que ela nao tinha.
Fora isso, aqui no Hostel trabalha Yesi,uma moca muito simpática que leva seus dois filhos para o trabalho.
Conversando con Yesi, percebi que as pessoas por aqui podem ser interessantes e fazerem Valdivia valer a pena. Se se quer conhecer pessoas, aqui pode ser um bom lugar.

Um comentário:

Rocio disse...

Estou estudando turismo e estou analisando o mercado. A Argentina é um novo destino popular para os americanos. turistas escolhem o sul ou Buenos Aires. há muitas promoções em apartamentos mobiliados buenos aires e também para casas no sul.